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quinta-feira, 27 de junho de 2013

V Feira do Livro


 
Para promover, mais uma vez, a leitura e o prazer de ler, a nossa escola realizou, no início do mês de junho, a V Feira do Livro.

Como a Feira do Livro deve ser entendida não só como um local de compra e venda de livros mas também como um espaço de promoção e partilha de experiências enriquecedoras para os alunos, foram pensadas e dinamizadas diversas atividades, todas elas tendo como principais ingredientes os livros.

Assim, no primeiro dia, todos os alunos da escola, organizados por horas e por turmas, tiveram a oportunidade de visitar a Feira e de selecionar um livro que os encarregados de educação, mais tarde, poderiam comprar.

No segundo dia, a Sónia, a representante da Porto Editora, dinamizou uma atividade, tendo como pano de fundo o livro A Árvore Generosa, de Shel Silverstein. Depois da sua leitura, a primeira turma, o 2.ºB, retirou de um saco algumas letras e com elas sugeriu palavras que estivessem ligadas ao texto que tinha ouvido. Depois, com essas palavras, numa tarefa coletiva, os alunos deram início a uma história, que foi sendo desenvolvida pelas restantes turmas da escola, uma de cada vez, com exceção dos primeiros anos que se encontravam numa visita de estudo.  

No dia seguinte, procedeu-se à entrega dos prémios do Concurso de Leitura, numa cerimónia organizada para o efeito, para, mais tarde, os alunos vencedores serem participantes ativos nas leituras de contos que se estenderam pelos restantes dias da Feira. Há a destacar que, a maioria dos textos lidos pelos alunos foram produzidos pelas turmas da escola, estando compilados num “livro gigante”, colocado à disposição na biblioteca da escola.   

Na quinta-feira, para além das leituras de contos, os vencedores do concurso Soletrando, quer da EB1/JI José Ruy quer da EB1/JI Condes da Lousã, juntaram-se na biblioteca da nossa escola para disputar a final interescolas. À tarde, as turmas ficaram também a saber quem eram os vencedores do concurso Faz de Conto.

No último dia, as crianças do Jardim de Infância foram presenteadas com uma leitura bastante expressiva da professora Vânia, que parecia uma verdadeira contadora de histórias profissional. De seguida, as turmas do primeiro ano, que tinham estado ausentes na atividade da Sónia, ouviram a leitura do livro A Árvore Generosa, de Shel Silverstein, e viram um vídeo sobre o mesmo, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mObeiZg-YCg.

A professora Tatiana, de Educação pela Arte (AEC’s), também foi convidada a participar e, durante as suas aulas, promoveu um “Workshop” que envolveu a poesia e a pintura.

Após esta semana, dedicada exclusivamente à leitura, concluímos que a V Feira do Livro foi um sucesso e que os alunos, mais do que nunca, estiveram motivados para escolher “novos companheiros” para as horas vagas. Alguns encarregados de educação também se mostraram disponíveis para visitar a Feira, tendo o horário de funcionamento sido alargado para os receber.

Não podíamos deixar de agradecer à Porto Editora, que disponibilizou os livros presentes na Feira, bem como à Sónia, a representante da mesma editora, que sempre se mostrou disponível para participar ativamente nas nossas atividades.

Aqui deixamos alguns dos registos das atividades dinamizadas.


 
 
Desejando boas leituras, partilhamos o texto produzido pelos alunos no segundo dia da Feira:
 
A Floresta Mágica

Num dia de verão, uma menina, chamada Sónia, andava a passear pela floresta e encontrou muitas árvores que eram diferentes de todas as outras. Nessa altura, ouviu uma voz que dizia:

- Menina, a Natureza é tua amiga.

- Quem és tu? - perguntou a Sónia.

- Olha para cima, não me vês? Sou a abelha e estou na janela da colmeia. - respondeu a voz.

- Ah! Já te vi! 

- Reparei que andaste a cortar algumas árvores e a puxar os seus ramos, sem motivo nenhum.  - queixou-se a abelha.

- Eu não gosto da Natureza e ela não serve para nada. Por isso, posso fazer o que quiser, incluindo arrancar os ramos das árvores.

- Que menina malcriada. Não serve para nada???? A Natureza tem muitas funções e, para além disso, esta floresta é mágica. Não viste que estas árvores são diferentes das outras?

- Não, não vi nada!

- Ora ouve o que te vou explicar: estas árvores são coloridas, têm formas diferentes e falam com os humanos. Esta floresta é mágica!

- Vou tentar falar com elas. Ó árvore cor-de-rosa, tu falas?

- Elas não falam contigo porque tu arrancaste os seus ramos. - justificou a abelha quando viu que as árvores não respondiam à menina.

A Sónia pensava que tudo o que a abelha lhe dissera era mentira, uma vez que as árvores não lhe respondiam.

- Ó abelha, ou estás a mentir ou sonhaste. Nunca ouvi dizer que as árvores falavam, isso só acontece nos livros ou nos sonhos, não é real. 

- Se queres realmente ouvir uma árvore a falar, tens de fazer uma boa ação.

A menina pensou no que poderia fazer, no entanto, teve alguma dificuldade porque não estava habituada a fazer boas ações. Mas ela queria mesmo saber se as árvores falavam. Chegou à conclusão que talvez fosse boa ideia apanhar o lixo que existia na floresta, também podia plantar novas árvores e regar as que já existiam. 

Assim que começou a pôr em prática as suas ideias, ouviu novamente uma voz, mas desta vez era a árvore cor-de-rosa que falava:

- Sónia, estás a ir no bom caminho!

- Quem falou? E como é que sabes o meu nome? - admirou-se a menina.

- Eu sei o teu nome porque sou uma árvore mágica e, do meu lugar, observo tudo o que se passa na tua aldeia. 

- Será que estou a sonhar? Nunca vi uma árvore a falar e não acreditava que elas falavam. Se estou a sonhar, acordem-me já! Primeiro foi uma abelha, agora é uma árvore??? Ai a minha vida!!!

Nessa altura, a árvore azul, que era a mais impaciente, deixou cair um dos seus frutos em cima da Sónia e gritou bem alto:

- Acorda!!!!!

- Aiiii! Isso doeu e esta dor é bem real, afinal não estava a sonhar. Pronto, já acredito que as árvores podem falar...pelo menos nesta floresta.

No entanto, a Sónia ainda não tinha percebido a função da Natureza e, então, perguntou às árvores:

- Então para que serve a Natureza?

A árvore mais sabichona, de cor anil, respondeu sem hesitar:

- Se não houver Natureza, não há vida na Terra. Tu própria fazes parte da Natureza, por isso, não percebo a razão por que a tratas mal. Todos os seres vivos fazem parte da Natureza. Por exemplo, nós, as árvores, damos-te oxigénio, frutas para comer, sombra para descansares...ah, e sem nós não terias livros para estudar nem sequer terias uma Feira do Livro na tua escola...

- Ah! Nunca tinha pensado nisso...é verdade que não conseguiria viver sem oxigénio, sem fruta, sem sombra... e nem conseguiria imaginar a minha vida sem livros...

A Sónia ficou tão entusiasmada com a sua descoberta que, nesse instante, resolveu escrever um livro sobre a importância da Natureza e prometeu que lhe iria dar mais valor, sendo mais generosa com ela.

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