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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O feriado de 1 de novembro...



Em Portugal, temos uma tradição muito semelhante ao Dia das Bruxas ou Halloween, no qual as crianças batem às portas pedindo doçuras ou travessuras (trick or treat). 

Em algumas localidades portuguesas, no dia 1 de novembro, Dia de Todos-os-Santos, as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos para pedir o Pão por Deus  (ou o bolinho) de porta em porta.

O dia de Pão por Deus era o dia em que antigamente se oferecia pão, bolos, vinho e outros alimentos aos mortos, de forma a pedir pela sua alma.

No dia 1 de novembro, as crianças (e também adultos, embora poucos) que participavam/participam nos peditórios representavam/representam as almas dos mortos que «nesse dia erram pelo mundo», tendo sido essa a origem deste ritual cristão.

Sacos do Pão por Deus


Fazer sacos do Pão por Deus é uma tradição associada à própria tradição. Normalmente estes sacos são feitos de tecido e as crianças podem decorá-los ao seu próprio gosto.

Versos de Pão por Deus

Quando pedem o Pão por Deus, as crianças recitam versos e recebem como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, tremoços, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano, de retalhos ou de borlas.

São vários os versos para pedir o Pão por Deus:

Ó tia, dá Pão-por-Deus?
Se o não tem Dê-lho Deus!

Ou então:

Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andai com Deus.

Em algumas povoações da Zona Centro e Estremadura chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente confecionados para este dia, sendo feitos com base de farinha e erva-doce com mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e nozes. São chamados “Santorinhos”. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um Santorinho aos seus afilhados.

Receita do Bolo Santoro



Ingredientes:

1kg de batata cozida.
1kg de farinha.
4 ovos.
750 gramas de açúcar.
150 gramas de manteiga.
Canela.
Fermento.
Frutos secos.
Erva-doce.

Preparação:

É só misturar, fazer pequenas bolinhas, colocar no forno e quando estiver cozido e ligeiramente tostado, está pronto.

Exemplos de Pão de Deus pelo país:


Em Barqueiros, concelho de Mesão Frio, à meia-noite do dia 1 para 2 de novembro, arranjava-se uma mesa com castanhas para os parentes já falecidos comerem durante a noite, “não devendo depois ninguém tocar nessa comida, porque ela ficava babada dos mortos”.

Na aldeia de Vila Nova de Monsarros, as crianças faziam os “santórios”, recebiam fruta e bolos e cada criança transportava uma abóbora oca com figura de cara, com uma vela dentro.

“Em Roriz não se chama Pão por Deus, nem bolinhos, nem santoros a comezaina que se dá aos rapazes no dia de Todos os Santos ou de Finados. O que os rapazes vão pedir por portas, segundo lá dizem, é — os fíeis de Deus.”

Nos Açores dão-se “caspiadas” às crianças durante o peditório, bolos com o formato do topo de uma caveira, claramente um manjar ritual do culto dos mortos.

Esta atividade é também realizada nos arredores de Lisboa. Antigamente relembrava a algumas pessoas o que aconteceu no dia 1 de novembro de 1755, aquando do terramoto de Lisboa, em que as pessoas que viram todos os seus bens serem destruídos na catástrofe, tiveram que pedir “pão-por-deus” nas localidades vizinhas que não tinham sofrido danos.

Com o passar do tempo, o Pão por Deus sofreu algumas alterações, e os meninos que batem de porta em porta podem receber dinheiro, rebuçados ou chocolates.

Informação retirada do site pumpkin.pt

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